Em nota, Conselho de Economia do RN faz recomendações sobre uso do 13º salário

Final do ano chegando e com ele a expectativa do 13º salário. Dos R$ 200,5 bilhões que irão irrigar a economia em todo o país, oriundos dos mais 83,3 milhões de trabalhadores nacionais a receber o décimo; 1,18 milhões de pessoas são do Rio Grande do Norte. Desses trabalhadores, mais de 50% são empregados do mercado formal celetista ou estatutários, mais de 48% de pensionistas e aposentados do INSS e 1,8% de empregados domésticos que vão injetar na economia potiguar mais de R$ 2 bilhões.

É com essa tabela de números que o presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Norte – CORECON/RN, Ricardo Valério, analisa com otimismo os impactos do 13º salário e em nota esboça o cenário econômico do Estado, além de dicas para aplicar e economizar neste final de ano.

  • Nota do CORECON/RN
  • (Presidente Ricardo Valério)
  • O período das festas de final de ano e o início da alta estação, com o poder dos atrativos turísticos do RN, são estímulos à economia regional e abre perspectiva em mais de 4,5 mil vagas de empregos temporários, nas quais 30% desses possam se tornar permanentes, visando a possibilidade de recuperação econômica.
  • O décimo vai alavancar as vendas do final de ano, principalmente se o governo e a prefeitura honrarem com a data de pagamento até o dia 20 de dezembro e puserem as demais folhas em dia.
  • O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE sinaliza em pesquisa que o final de 2017 aponta crescimento de 4,7 % em relação ao do ano passado, cujo PIB Nacional (Produto Interno Bruto) representa 3,2 %. Outro fator positivo para estímulo às compras é a queda do dólar e a baixa de preços, aos quais refletem nos valores de alguns produtos.
  • Outra pesquisa que se destaca como relevante e sinaliza boas vendas ‘natalinas’ para 2017, é a do SPC Brasil e a da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as quais apontam que 110,8 milhões de consumidores brasileiros vão presentear, com até quatro presentes, em gasto médio de R$ 103,83 cada um. Dado, esse, satisfatório, diante o cenário brasileiro.
  • Ainda assim, o CORECON/RN recomenda prudência e equilíbrio nas tomadas de decisões dos consumidores, principalmente aos mais endividados, para que esses canalizem o 13º salário para quitar ou reduzir as possíveis dívidas, entre elas, as de cartão de crédito e cheque especial, cujos valores em juros são os maiores vilões dos orçamentos familiares.
  • Já aos que estão em dia, necessitam analisar e ir às compras com prudência e consciência, dentro da capacidade de pagamento, não comprometendo as finanças no futuro, além de poupar, pelo menos 20% do décimo, visando eventualidades.
  • E, pensando nisso, o Conselho elaborou algumas dicas econômicas.
  • Dicas econômicas para o final de ano:
  • 1 – Seja racional e não emocional ao efetuar compras;
  • 2 – É importante estipular o valor limite de cada presente e dar preferência em compras à vista, usufruindo dos descontos de pagar a dinheiro ou no débito;
  • 3 – Opte por utilizar o 13º salário para quitar dívidas ou fazer compras, ao invés de extrapolar no uso do cartão de crédito;
  • 4 – Antecipe algumas compras de artigos de alimentação e bebidas destinadas às ceias de Natal e Ano Novo, mas se atente à validade e pericidade dos produtos;
  • 5 – Já em relação a vestuário de uso próprio, o ideal é aguardar as promoções do início do ano, cujos descontos podem ser superiores aos 50%;
  • 6 – Pesquise e pechinche;
  • 7 – Compare os preços pela internet, economizando tempo e dinheiro no deslocamento e nos estacionamentos;
  • 8 – Atente-se aos valores do frete, caso opte comprar pela internet, e compare com o custo benefício em adquirir em lojas físicas;
  • 9 – Ainda sobre compras online, certifique se o site é de confiança e atenção ao prazo de entrega, principalmente se for para presentear. Devido a época, pode existir atrasos decorrentes das transportadoras;
  • 10 – Por fim, valorize também o mercado local. Assim, você contribui com a arrecadação dos impostos e gera empregos no Estado.