O multiculturalismo, em nossa sociedade, permite o encontro das tradições com o modernismo da contemporaneidade. Imaginar o modismo posto pelos antepassados e desfrutar, destes, dentro de um presente é sancionar o atestado de permanência firma das práticas e exercícios estabelecidos a uma educação conservadora.
A monocultura, na historicidade educacional brasileira, fundamenta uma prática nunca abolida, porém, desmistificada, muitas vezes, pelo relativismo proclamado, porém, não praticado, mascarando as perspectivas existenciais dos indivíduos.
Comunicação e cultura popular na construção da cidadania baseada na formação continuada de uma mistura de cores, raças, crenças e costumes, além de modos de agir, pensar, transgredir e vivenciar a ordem e o respeito estabelecido é fruto de uma comunidade eclética. Não é preciso enxergar aquilo que não se pode ver, porém, é calunioso, difamador e, criminalmente falando, abuso de poder estabelecer um único pensamento diante vários.
Como bem pontua Freitas (2012) “uma educação monocultural não está preocupada com a diversidade, pelo contrário, mascará-la é mais confortável”. O recorte da sociedade é transferido pelas poucas palavras da autora, uma educação onde a formação curricular impossibilita as práticas construtivas e inovadoras, baseadas nas multiculturas existentes, afasta a formação plural tão necessária ao enfrentamento conservador.
Educar na sociedade do conhecimento é estabelecer a interculturalidade nos ambientes educativos, contribuindo para uma formação que contemple a diversidade entre os pares e instruindo as mudanças ocorridas ao longo do século (re)pensando e (re)ordenando as atitudes conservadoras na desmistificação dos gêneros conservadores de um mundo tão moderno.
Prof. Me. Petrúcio Ferreira