A demissão do ex-senador Jean Paul Prates da presidência da Petrobras não surpreendeu a classe política do Rio Grande do Norte, especialmente parlamentares da oposição ao governo federal. O senador Rogério Marinho (PL) criticou a interferência política do Executivo na estatal e afirmou que a demissão se deu não por defeitos de Prates, mas por suas poucas virtudes em considerar valores de mercado. Marinho teme que a Petrobras sofra mais intervencionismo e aparelhamento político.
O senador Styvenson Valentim lamentou a saída de Prates, a quem considera tecnicamente capacitado, e expressou preocupação com a perda de prestígio do Rio Grande do Norte no governo federal, questionando a continuidade das políticas de prospecção de petróleo na região. Valentim também criticou a governadora Fátima Bezerra por não conseguir manter Prates no cargo, sugerindo falta de influência política.
O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirmou que a demissão de Prates expõe a incompetência do governo federal e pode levar a Petrobras a uma nova crise. Para Gonçalves, o PT parece querer prejudicar a estatal e o país.
Paulinho Freire (União Brasil) considerou a destituição de Prates prejudicial para o Rio Grande do Norte, mencionando a falta de representatividade do estado no governo Lula. Freire lamentou que a demissão tenha sido motivada por questões políticas do PT e não por critérios técnicos.
A deputada federal Natália Bonavides (PT), integrante da base de apoio ao governo, elogiou o desempenho de Prates na Petrobras e destacou sua atuação na transição energética, que colocou o Rio Grande do Norte no centro desse debate, mas não comentou sobre os impactos futuros dessa mudança na política energética do Brasil.