Crise econômica deixa brasileiro distante da casa própria

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, aponta que dos 71 milhões de domicílios existentes no Brasil em 2018, 18,1% eram alugados. Os números revelam um aumento de 5,3% na comparação com 2017.

De acordo com o especialista em mercado imobiliário da BeiraMar Imóveis, Pedro Fernandes, um dos motivos que fez com que o número de unidades residenciais alugadas no país aumentasse foi a crise financeira instalada no país.

“O Brasil passou por uma grande crise nos últimos anos, com a redução da aquisição da moradia. Essa redução aconteceu tanto devido ao aumento do desemprego, também à falta de confiança, onde neste momento, o consumidor, o cliente que precisa morar, prefere alugar do que correr um risco de se comprometer com financiamento de longo prazo”, disse.

O aumento de residências alugadas foi observado em todo o país, com destaque na região Sudeste, onde há 31 milhões de domicílios desse tipo. Quem dá mais detalhes é técnica da PNAD Continua, Adriana Beringuy.

“Ele tem um predomínio maior nas regiões Sudeste e Sul do país, mas principalmente na região Sudeste e é uma modalidade que, apesar de ter baixa incidência em outras regiões do país, de modo geral costuma ser a segunda forma mais recorrente de ocupação de um domicílio”, conta.

De acordo com o IBGE, os pesquisadores visitaram 168 mil domicílios. Além das características dos endereços, a Pnad Contínua investiga a composição populacional em termos de sexo, idade e raça, possibilitando análises em torno dos traços sociais e demográficos do país e dos aspectos do mercado de trabalho.

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