Coronel Azevedo diz que valorização das polícias deve vir antes de equipamentos

O deputado estadual coronel André Azevedo (PSL) avaliou que o governo de Fátima Bezerra (PT) precisa priorizar o servidor da segurança pública, ao invés de se preocupar com investimentos em equipamentos. O parlamentar defendeu que o Executivo deve garantir que o policial tenha um mínimo de segurança familiar para ter motivação para trabalhar bem.

“O maior ativo no serviço da segurança nunca serão as armas, viaturas ou equipamentos, e sim os seus policiais militares, que estão sofridos. Tivemos um recorde de homicídios de servidores da PM no último governo. Espero que a governadora reflita sobre o tratamento dado aos agentes”, analisou Azevedo em entrevista ao programa Manhã Agora, apresentado pelo jornalista Tiago Rebolo, na rádio Agora FM (97,9).

A esperança do deputado é que novos recursos obtidos recentemente possam ser usados para este fim. Por meio de um convênio firmado com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o Rio Grande do Norte receberá um aporte de R$ 80 milhões a serem aplicados na segurança.

Apenas para a Polícia Militar potiguar serão enviados R$ 29.977.330,89 visando a investimentos de 2 mil coletes balísticos; 179 viaturas; 1.306 armas; 80 escudos balísticos, e outros equipamentos. Para o coronel Azevedo esse dinheiro precisa ser utilizado sabiamente por Fátima.

“Por mais que se destinem recursos, se o operador não estiver minimamente com condições de sobrevivência familiar, ele não vai prestar um bom serviço público. Esses recursos de R$ 29 milhões são inéditos, esperamos que a governadora os aplique eficientemente para resolver isso”, apontou.

O deputado aproveitou para criticar a decisão da governadora petista de adiantar os salários dos servidores estaduais de janeiro antes de sequer quitar as dívidas deixadas pela gestão de seu antecessor, Robinson Faria (PSD) – estratégia que ela pretende repetir em fevereiro.

“Absurda a decisão governamental de não pagar o salário dos servidores respeitando o calendário. A fome não tem data. Os servidores precisam cumprir com suas obrigações, alimentar suas famílias, pagar impostos, se locomoverem para trabalhar. Isto não foi algo que foi anunciado na campanha dela. Espero que o governo busque solucionar isso”, concluiu André Azevedo.