O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta 4ª feira (15.mai.2024), por 13 votos a 5, o arquivamento da representação contra o deputado Delegado Da Cunha (PP-SP). A representação contra o congressista foi apresentada pelo Psol depois da divulgação de reportagens mostrando agressões do deputado federal a sua ex-companheira, Betina Grusieck.
A suposta agressão se deu em 14 de outubro de 2023. Em depoimento na polícia, Betina disse que Da Cunha bateu a cabeça dela e tentou sufocá-la. Ela relatou que, para se defender, bateu com um secador na cabeça do deputado. O Ministério Público concluiu que Betina agiu em legítima defesa.
Depois do episódio, Da Cunha mandou uma mensagem à mãe da ex-companheira pedindo que não divulgasse um vídeo com imagens e áudios das agressões. “Esse vídeo acaba com minha vida. Colocar um vídeo desse, eu vou perder o meu mandato”, disse.
O relator do processo, deputado Albuquerque (Republicanos-RR) concluiu que não houve quebra de decoro parlamentar. O congressista afirmou que esperará o trânsito em julgado da ação.
“Embora se reconheça a gravidade dos fatos narrados na inicial, a representação não demonstra qual a relação entre os fatos narrados ou de encargos destes decorrentes e o e o desempenho do mandato”, afirmou.
Além de solicitar o arquivamento, Albuquerque pediu a sanção de censura verbal para Da Cunha pela mensagem pedindo que o vídeo não fosse divulgado.
“Pela utilização de possibilidade de perda de seu mandato como argumento dissuasório, vislumbro a possibilidade da penalidade de censura escrita”, afirmou o relator.
Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Poder360