A prefeitura de Pelotas publicou uma atualização do mapa de risco de enchente para as regiões da cidade. O mapa serve como parâmetro para órgãos municipais e população sobre a possibilidade do avanço das águas, inclusive do avanço dos níveis da Lagoa dos Patos e do Canal São Gonçalo.
No mapa, divulgado no início da tarde desta terça-feira, mostra em laranja as regiões que não correm risco imediato, mas devem ficar em alerta, como parte do Centro da cidade, parte das margens da RSC-473 em direção a Rio Grande. Além de um trecho dos bairros Três Vendas, Fragata, Areal, assim como parte de uma região na avenida Adolfo Fetter, nas proximidades do Arroio Pelotas.
Já em vermelho estão as áreas de risco. De acordo com a prefeitura, a orientação é para que os moradores permaneçam fora de suas residências. Sinalizados estão a Colônia Z3 e grande parte do Laranjal, além de uma extensa área às margens do Canal São Gonçalo, que incluem, a região do Quadrado, onde está a Universidade Federal de Pelotas e a área das charqueadas, banhada pelo Arroio Pelotas.
A pesquisadora e hidróloga da UFPel, Tamara Beskow, explica que o sistema de compreensão dos mananciais leva em consideração uma série de fatores. De acordo com a especialista, a mudança na orientação do vento foi essencial para evitar uma elevação ainda maior no canal São Gonçalo. No domingo (12), o vento Leste contribuiu para que o nível do canal atingisse a marca histórica da enchente de 1941, registrando a medição de 2,88 metros.
Apesar do cenário positivo, os especialistas em meteorologia e hidrologia alertam para a necessidade de continuar em estado de atenção. De acordo com o acompanhamento da situação na Região Metropolitana, na qual o Lago Guaíba registrou marcas acima dos cinco metros nesta terça-feira (14), a perspectiva é que uma nova elevação dos níveis atinja, posteriormente, a região Sul do Rio Grande do Sul.
Frente à possibilidade de novos momentos críticos para Pelotas e para a região como um todo, as equipes do Município, Defesa Civil e forças de segurança seguem mobilizadas monitorando em tempo real a situação climática.
Fonte: O Globo