Chefe do PCC acusado de tentar matar senador do Paraguai é preso em São Paulo

Á esquerda, o chefe do PCC Elton Ramos da Silva; à direita, o ex-senador paraguaio Roberto Ramón Acevedo
Á esquerda, o chefe do PCC Elton Ramos da Silva; à direita, o ex-senador paraguaio Roberto Ramón Acevedo — Foto: Montagem/Reprodução

Policiais militares prenderam, na noite da última terça-feira, um dos principais nomes do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil, em Diadema, na grande São Paulo. Elton Ramos da Silva, conhecido como Índio, estava foragido desde 2023 e é apontado como um dos responsáveis por recrutar novos integrantes para a quadrilha em Brasília.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a equipe da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da corporação, recebeu informações do sistema de inteligência da Polícia Militar e abordou o suspeito com as mesmas características fornecidas na Avenida Presidente Kennedy. Apesar de não portar nada ilícito, Elton estava na lista de foragidos da Justiça e tinha um mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pelo Tribunal de Justiça de Brasília. O criminoso foi preso e conduzido à sede da Polícia Federal (PF), onde o caso foi registrado como captura de procurado.

Em 2011, Elton foi resgatado de uma penitenciária no Paraguai por um grupo fortemente armado. O criminoso havia sido preso no país vizinho ao Brasil um ano antes, após ser apontado como um dos participantes de um ataque a tiros ao senador paraguaio à época Roberto Ramón Acevedo. Ele sobreviveu à tentativa de assassinato, mas seu motorista e um guarda-costas não resistiram aos ferimentos.

Foragido desde o ano passado, Índio tem passagens pela polícia por crimes de organização criminosa e fraude processual. Ele foi preso e condenado em 2014, alvo da Operação Tabuleiro, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil do DF (PCDF).

Elton também foi alvo de outra investigação da Draco, em 2020. Na ocasião, ele acabou denunciado e responde a ação penal no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). O mandado de prisão cumprido na última terça-feira, na operação da Rota, é decorrente deste processo.

Fonte: O Globo

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