Cerca de 300 mil pessoas participam de ato pró-Palestina em Londres, e 82 são detidos após confronto

Marcha pró-Palestina em Londres.
Marcha pró-Palestina em Londres. — Foto: HENRY NICHOLLS / AFP

Cerca de 300 mil pessoas participaram de uma marcha pró-palestina em Londres, no Reino Unido, neste sábado, segundo informou um porta-voz da polícia. É o maior ato na cidade desde que o conflito entre o Hamas e Israel teve início, disse a corporação na rede social X (antigo Twitter).

Os manifestantes, que agitavam bandeiras palestinas e cartazes pelo “Fim dos bombardeios sobre Gaza”, gritavam palavras de ordem como “Palestina Livre” e “Cessar-fogo agora”, cinco semanas depois do ataque que deu início ao conflito.

No fim da manhã, porém, houve enfrentamentos entre a polícia e manifestantes de ultradireita que foram ao local para protestar contra a marcha pró-Palestina. No início da tarde, a corporação informou que havia detido 82 destes manifestantes “para evitar que se pusesse a paz em perigo”, quando eles “tentavam se aproximar da marcha”.

Um dos confrontos correu perto do Cenotáfio, um memorial de guerra perto da residência oficial do primeiro-ministro. Vídeos mostram alguns dos manifestantes críticos à marcha invadindo uma área isolada.

O ato em apoio à causa palestina coincidiu com o Dia do Armistício, quando o Reino Unido homenageia aqueles que lutaram na Primeira Guerra Mundial e nos conflitos subsequentes, e ocorreu depois de dias de debate sobre se o protesto deveria ser autorizado a prosseguir.

As tensões aumentaram depois que o primeiro-ministro Rishi Sunak e a secretária do Interior, Suella Braverman, responsável pelo policiamento no país, argumentaram na semana passada que o momento é “provocativo e desrespeitoso”.

Braverman chegou a pedir a proibição da marcha e foi alvo de críticas após escrever um artigo de opinião em que acusava a polícia de parcialidade na forma como lidava com os protestos.

Nos últimos sábados, dezenas de milhares de pessoas marcharam em Londres para denunciar o crescente número de mortes de civis em Gaza, enquanto Israel bombardeava o território em resposta aos ataques de 7 de outubro liderados pelo Hamas.

Neste sábado, também houve protestos na França, que abriga uma das maiores comunidades muçulmanas da Europa. Milhares de manifestantes que pediam “um cessar-fogo em Gaza” marcharam na capital Paris e centenas em Toulouse, no Sul do país.

Fonte: O Globo

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