As favelas e comunidades urbanas localizadas em São Paulo têm cerca de 3,6 milhões de moradores. O número representa um aumento de 915 mil pessoas em relação a 2010, quando o estado registrou 2,7 milhões de habitantes nesses territórios populares. Os dados são do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São Paulo é disparado o estado com maior quantidade de favelas: são 3.123 localidades mapeadas pelo Censo. O número é quase o dobro das comunidades encontradas no Rio de Janeiro, que tem 1.724 favelas. Pernambuco aparece em terceiro lugar, com 849 comunidades. Juntos, os três estados somam 46,1% do total de comunidades do Brasil.
A comunidade de Paraisópolis, localizada na Zona Sul da capital paulista, é a terceira maior favela do Brasil, com 58.527 residentes. Como nos últimos anos, a Rocinha, no Rio de Janeiro, é considerada a comunidade mais populosa (72.021 moradores), seguida por Sol Nascente, em Brasília, com 70.908 habitantes.
O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, o país tem 12.348 territórios populares do tipo. Em 2010, existiam 6.329. Atualmente, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, o que equivale a 8,1% da população brasileira.
Em 2010, 11,4 milhões de pessoas residiam em favelas, ou 6% da população do país naquele ano. Esse aumento, de acordo com o IBGE, pode estar ligado ao aprimoramento da coleta na última década.
As comunidades hoje estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão que representa um aumento de 103% quando comparado a 2010, período em que 323 cidades tinham comunidades mapeadas.
O Sudeste tem o maior número de comunidades, concentrando 6.060 favelas do país — 48,7% do total. O Centro-Oeste, por outro lado, é a região que tem a menor incidência, com apenas 303 territórios populares do tipo (2,5%).
Fonte: O Globo