Assassinato de vereadora é atentado à democracia, avaliam senadores

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Pedro Gomes, executados na noite de quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, mobilizou os senadores na sessão desta quinta-feira (15). Os parlamentares classificaram o crime como “atentado à democracia” e homenagearam as vítimas com um minuto de silêncio e com voto de pesar.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) lamentou que Marielle, uma lutadora em defesa dos vulneráveis, jovens negros moradores da favela, tenha sido a mais recente vítima da guerra instaurada no estado. Para ele, Marielle morreu porque defendia os seus, falava da vida nas favelas e denunciava o que estava acontecendo de errado, mostrava que a vida de um jovem negro morador da favela hoje vale pouco. “A dor é muito grande. É um atentado à democracia, eles não têm medo. Estou muito abalado, porque sei o que Marielle representava”, disse ele.

O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que o Senado deve pedir a participação da Polícia Federal na investigação. No comando da sessão, Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) exigiu que a apuração fosse firme e célere. “É uma exigência do Senado Federal para que tenhamos uma apuração e investigação rigorosas, e que os responsáveis sejam punidos de forma exemplar”, defendeu Cássio.