Os moradores de São Paulo saíram de casa preparados para um possível novo recorde de calor na cidade nesta quinta-feira, mas encontraram um dia com temperatura mais amena que os anteriores. De acordo com a medição oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima registrada na capital paulista foi de 32,2°C, atingida por volta das 16h.

Havia expectativa de que a capital paulista pudesse atingir nesta quinta-feira seu dia mais quente da história, superando a marca de 17 de outubro de 2014, quando os termômetros marcaram 37,8ºC.

Para o início desta noite, há possibilidade de pancadas isoladas de chuva. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, “podem ocorrer pontos passageiros de maior intensidade com raios e rajadas de vento, o que eleva o potencial para formação de alagamentos e queda de árvores na capital paulista”.

De acordo com o Inmet, a partir de sexta-feira, a previsão é de chuvas em áreas de São Paulo, Rio de Janeiro e triângulo mineiro. A Defesa Civil paulista emitiu alerta para a possibilidade de novos temporais e dias de calor escaldante na região metropolitana nos próximos dias. De acordo com o órgão, os moradores da Grande São Paulo poderão enfrentar chuvas fortes, com raios e granizo, acompanhados de rajadas de vento intensas de sexta-feira a domingo. Os ventos terão de 60 km/h a 80 km/h, podendo chegar até a 100 km/h antes ou durante os temporais.

Na última segunda-feira, a cidade de São Paulo teve o dia mais quente do ano, segundo o Inmet. A temperatura máxima foi de 37,7°C, a maior para um mês de novembro e a segunda maior registrada pelo Inmet em São Paulo em 80 anos. A temperatura oficial da capital, para o Inmet, é medida na estação convencional do mirante de Santana, na zona norte.

A onda de calor é resultado de um sistema de alta pressão atmosférica que se estende por todo o centro da América do Sul, uma bolha quente, que esquenta o ar por compressão e não permite a formação de nuvens de chuva. É um fenômeno continental. Argentina, Bolívia e Paraguai têm sido duramente atingidos e os paraguaios enfrentam temperaturas acima dos 44 graus Celsius.

Os fortes ventos associados à alta pressão também causam problemas. A queda de braço entre a alta pressão que não deixa as nuvens se formarem e o calor, que tende a gerar tempestades, pode gerar rajadas extremamente poderosas.

Fonte: O Globo