Após redução de passageiros por isolamento social, Seturn solicita subsídio para pagamento dos operadores

Após redução de passageiros por isolamento social para evitar a propagação do Coronavírus, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn), estimou a redução de aproximadamente 79% dos passageiros nos ônibus da cidade do Natal, na semana de 10/04 a 24/04. A queda no fluxo de passageiros interfere diretamente na receita gerada para manutenção e efetividade do transporte público que o natalense utiliza todos os dias.

‘‘ As empresas de ônibus só estão transportando cerca de 21% de passageiros, isso leva em uma progressão para perder ainda mais usuários diante do estado de pandemia. A conclusão dessa diminuição incorre em prejuízo financeiro”, comenta Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn.

A Prefeitura do Natal estipulou mais 46 ônibus, além dos 30% da frota que já estava sendo operada. Esse reforço na quantidade de veículos nos horários de pico, a fim de evitar a aglomeração de pessoas dentro dos veículos, gera ainda mais consequências. Para manter o equilíbrio das contas, a recomendação é tomar medidas como as realizadas em outros Estados do Brasil, como em São Paulo. 

‘‘A baixa demanda da comunidade natalense em utilizar os ônibus interfere diretamente na tarifa. Pode chegar a faltar pagamento para os operadores e, com isso, eles consequentemente virão a parar suas atividades. A sugestão imposta é que a Prefeitura realize o subsídio desses salários dos motoristas, cobradores e demais trabalhadores envolvidos. A Câmara Municipal pode, inclusive, protocolar em estado de emergência essa solicitação’’, diz Nilson Queiroga.

E prossegue “a queda de receita devido à queda da demanda não foi acompanhada de redução de custos variáveis com redução de quilometragem rodada, resultando no caso em análise de um desequilíbrio econômico-financeiro continuado ano a ano. Essa prática tende a inviabilizar a prestação do serviço de transporte público e levar à falência de empresas em um primeiro momento, e do sistema como um todo na sequência.”

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