A residente de Nova Jersey, nos Estados Unidos, Debbie Uraga, de 69 anos, move uma ação judicial contra a funerária John F. Pfleger Funeral Home e o Cemitério Mount Olivet, em Middletown, após descobrir que os restos mortais de seu pai, George Jonas, ficaram esquecidos no porão da funerária por 31 anos. Jonas, um veterano militar, faleceu em 1993, e Uraga e sua família visitaram seu suposto túmulo durante três décadas, acreditando que ele estava enterrado ao lado de seus familiares.
“Eu ia vê-lo no Dia dos Pais e no aniversário dele – e até o VFW, porque ele era um veterano, eles colocavam a bandeira no túmulo. É como se todos nós pensássemos que ele estava lá”, contou Uraga ao News 12.
A revelação veio em junho, quando um homem de uma organização dedicada a recuperar restos mortais de veteranos não reclamados entrou em contato com Uraga. Ele informou que havia encontrado os restos mortais de seu pai em uma caixa no porão da funerária.
“Dói muito”, disse Uraga. “Eu pensei que ele estava lá e é como se fosse inacreditável. Meu pai deveria estar no cemitério com o resto da família.”
A família acreditava que George Jonas estava enterrado no cemitério Mount Olivet, conforme garantido pela funerária em 1993. No entanto, o proprietário da John F. Pfleger Funeral Home declarou que a cremação e os serviços de Jonas foram realizados com cuidado e que várias tentativas de contato com a família para instruções finais sobre os restos mortais não foram respondidas.
“Todas as tentativas da nossa funerária de buscar instruções finais dos parentes mais próximos da família Jonas permaneceram sem resposta até que tentamos fornecer um sepultamento honroso dos restos cremados deste homem no cemitério de veteranos do nosso estado”, disse um representante da funerária em um comunicado à emissora WCBS.
Uraga contestou a alegação e afirmou que nunca foi contatada pela funerária. “Isso é falso. Ninguém nunca me contatou”, ela retrucou. Ela ainda destacou à imprensa local que mora a apenas cinco minutos da funerária e poderia ser facilmente localizada.
Atualmente, Uraga possui a caixa com os restos mortais do pai, bem como o certificado de cremação com seu nome e endereço. Segundo a mídia americana, a família busca responsabilizar os envolvidos e garantir que outras pessoas não passem pela mesma situação.
“Finalmente, depois de 31 anos, talvez ele pudesse descansar”, disse Uraga ao News 12. “Você sabe, como dizem, ‘Descanse em paz’. Mas como ele está descansando em paz se está no porão?”
Fonte: O Globo