Aldeias Infantis firma convênio com a Unicef para acolhimento de crianças venezuelanas

A Aldeias Infantis SOS Brasil firmou uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) para acolher e dar assistência a crianças e adolescentes venezuelanos desacompanhados dos pais ou responsáveis. As casas lares serão instaladas nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, com 20 vagas no total, e iniciarão as atividades na segunda quinzena de dezembro.

Todas as casas contarão com uma equipe técnica de psicólogos e assistentes sociais que trabalharão no acompanhamento e busca ativa dos familiares de cada criança e adolescente encaminhado pela Vara da Infância das duas cidades. O acolhimento provisório será acompanhado de ações para garantir o desenvolvimento e a inclusão nos serviços públicos dos municípios.

“Esta ação possibilita que possamos levar nossas experiências e metodologia de trabalho para garantir os direitos dessas crianças e adolescentes”, afirma o sub gestor nacional da Aldeias Infantis SOS Brasil, Sérgio Eduardo Marques da Rocha.

O convênio se soma a Operação Acolhida, desenvolvida pelo governo federal em parceria com a ONU e instituições sociais para a interiorização e integração de refugiados. De acordo com a ONU, o país já recebeu mais de 200 mil imigrantes desde 2017, sendo 10 mil crianças ou adolescentes.

Dados da Defensoria Pública da União apontam um cenário ainda mais alarmante: entre maio e novembro deste ano, 529 menores de idade cruzaram a fronteira, sendo que 41% estavam sem a companhia de pais ou responsáveis, porém estima-se que esse número possa chegar a 800.

A organização já atua no acolhimento e assistência de famílias venezuelanas através do programa Brasil Sem Fronteiras, realizado em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Desde 2017, foram atendidos mais de 1,5 mil pessoas, sendo mais de 700 crianças e adolescentes e 370 famílias.

A Aldeias Infantis SOS Brasil oferece oportunidades para interiorização e mantém abrigos para refugiados no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

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