A delação que mira ministros dos tribunais de Brasília

Em delação premiada homologada no STF, o ex-governador Sérgio Cabral começou a contar quem teriam sido seus colaboradores no mundo do crime. É gente graúda, segundo o delator. O repórter Fábio Serapião, da Crusoé, teve acesso ao conteúdo da delação, que narra o envolvimento de ministros do STJ e do TCU nas falcatruas: Cabral deu nomes. Revelou qual era, segundo ele, o mecanismo de operação e quais os valores envolvidos – sempre muitos milhões.

A partir de sua parceria com outro alvo da Lava Jato, o ex-presidente da Fecomércio Orlando Diniz, Cabral lança suspeitas sobre negócios escusos na cúpula do Poder Judiciário e enreda dois ministros do Superior Tribunal de Justiça – Napoleão Nunes Maia e Humberto Martins – nos esquemas de corrupção de que participou. Também constam dos anexos os nomes de ministros do Tribunal de Contas da União. Os casos passam pela contratação de escritórios, alguns de filhos de ministros, em troca da obtenção de decisões favoráveis em Brasília.

Do Antagonista

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