A ciência começa a desvendar o início das infecções pelo mundo: informação crucial para o controle da pandemia

Mudar radicalmente os hábitos de uma população e desenvolver um tratamento eficaz em tempo recorde — o que implica lançar-se à busca inclemente pela vacina — estão entre os grandes desafios na contenção de toda nova pandemia. Há uma terceira ferramenta, contudo, pouco alardeada, mas que mobiliza cientistas globalmente: rastrear o início da transmissão pelo chamado “paciente zero”, termo usado para descrever o primeiro humano infectado por determinada doença viral ou bacteriana.

Identificá-lo é atalho para a compreensão de como e quando o contágio aconteceu. “Chegar à origem exata da disseminação nos permite conhecer a real força de um vírus”, diz o epidemiologista Bruno Scarpellini, pesquisador da PUC do Rio de Janeiro. As atenções, hoje, estão voltadas para Wuhan, cidade da província de Hubei, na China, o suposto epicentro do novo coronavírus, logo depois do Natal de 2019. Mais especificamente, olha-se para o bagunçado mercado de animais vivos, hoje fechado por agentes de vigilância sanitária — de onde teria vindo o vírus, passado de um hospedeiro natural, o morcego, para um pangolim, mamífero que vive em zonas tropicais da Ásia e África, até pousar em um humano. A reportagem é da revista Veja, que já está disponível.

Mercado de animais vivos de Wuhan, hoje fechado: o primeiro caso teria sido lá? //Fotoarena

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