52% dos brasileiros são contra presença de militares no governo, aponta Datafolha

Objetivo da Secom é tentar recuperar gestão diante de conflitos provocados por Bolsonaro e sua equipe

Em tempos de rumores sobre o papel dos militares na política, a forte presença de fardados no governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro (sem partido) divide opiniões no Brasil, com ligeiro predomínio daqueles que condenam a prática. Segundo pesquisa do Datafolha, 52% dos brasileiros são contra a presença fardada no poder político, enquanto 43% a aprovam e 5%, não sabem responder.

O levantamento foi feito na segunda (25) e na terça (26), ouvindo 2.069 adultos possuidores de telefone celular —ele não foi presencial para evitar riscos de contágio pelo novo coronavírus. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Hoje, 8 dos 22 ministros do governo são egressos das Forças, e um deles (o general Luiz Eduardo Ramos, secretário de Governo) ainda é parte do serviço ativo. Um nono oficial, o general da ativa Eduardo Pazuello, ocupa interinamente o Ministério da Saúde, centro da coordenação de combate à Covid-19. Lá, após as traumáticas saídas de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, promoveu uma militarização de cargos vitais, nomeando 17 fardados.

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