Criticando a falta de liberação de recursos por parte do Governo Federal, que teria mais de R$ 2,5 bilhões no Fundo Penitenciário, Wallber Virgolino disse que o sistema prisional nunca foi prioridade e que é necessário ações que destinem recursos à área como forma de se combater a violência no estado. O pensamento é o mesmo do representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) na reunião, o advogado e ex-secretário de Justiça Thiago Cortez.
No entendimento de Cortez, o sistema prisional precisa de ações imediatas, não de diagnósticos. A iniciativa da Assembleia e saber uma forma concreta de colaborar foi elogiada pelo advogado. “O sistema prisional sempre foi o ‘patinho feio’ de qualquer administração pública. Há sempre muita cobrança para que se funcione bem, mas recursos nunca chegam. Só chegam decisões judiciais, as obrigações”, disse Cortez.
Outro ponto de concordância entre Cortez e Virgolino é com relação à gestão. Ambos são contrários à privatização de presídios, mas acreditam que é possível a utilização de mão de obra privada nas chamadas atividades meio, mas não de escolta e guarda dos detentos. “Não acredito que seja prudente ou viável deixar detentos sob a guarda de pessoas que não tenham ligação ou compromisso com o estado”, disse Wallber Virgolino.