Relatório aponta 25 barragens com risco reconhecido pelos órgãos de fiscalização

O Relatório Anual de Segurança de Barragens feito pela Agência Nacional de Águas apontou 25 barragens com algum grau de risco reconhecido pelos órgãos de fiscalização. Essas barragens preocupam por possuírem algum comprometimento estrutural importante com impacto em sua segurança.

O número, no entanto, pode ser maior, como comenta Fernanda Láus, especialista em recursos hídricos da ANA e coordenadora do relatório

Entre as barragens listadas, nove foram classificadas com alto potencial de ocorrência de desastre ou dano ambiental. Três delas ficam em Alagoas, uma em Pernambuco, uma em Rondônia, uma em Roraima, uma em Tocantins, duas no Rio Grande do Norte e uma no Ceará. Os problemas mais frequentes são erosões, fissuras e vertedor insuficiente.

Existem diversos tipos de barragens no país, como de aguá, de mineração, geradoras de energia e de contenção de resíduos indústrias, por isso a fiscalização é feita por vários órgãos. A ANA é responsável pelas barragens situadas em rios da União.

A Agência informou que já notificou os empreendedores das barragens de Jaburu I, em Pernambuco, Passagem das Traíras e Gargalheiras, no Rio Grande do Norte para iniciarem os procedimentos de recuperação.

Fernanda Laus afirma que após o desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, em 2015, a fiscalização foi reforçada.

A coordenadora do relatório ressaltou ainda que a falta de recurso e funcionários no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, que fiscaliza barragens para abastecimento de água, é outro elemento que aumenta a preocupação com o setor.