Procurador usou vídeos para denunciar Lula e Bolsonaro

No caso de Bolsonaro, Dino contesta três vídeos veiculados no Youtube que mostram o deputado sendo recepcionado em aeroportos por apoiadores de sua campanha política, em que se verifica clara intenção de promoção pessoal ao cargo de presidente da República nas eleições de 2018.

Uma das mídias traz a expressão “Bolsonaro 2018”, em referência explícita ao pleito do próximo ano. O próprio deputado aparece no vídeo convocando a população para sair às ruas antes de 2018, para ajudá-lo.

Em outro vídeo, o político também faz clara menção à sua pretensa candidatura à presidência, ao afirmar que o Brasil precisa de um capitão, que, por coincidência, seria ele.

“As inserções das mídias na internet tiveram por objetivo a captação de votos, de forma antecipada, o que desequilibra a campanha eleitoral próxima, atingindo a igualdade de oportunidade entre  candidatos”, destaca o vice-PGE na representação. As mídias irregulares somam cerca de 23 mil visualizações.

No caso de Lula, o vice-PGE questiona um vídeo veiculado no Youtube em que é possível verificar imagens do ex-presidente praticando atividades físicas, com a utilização de expressões como “eu tô voltando” e “LULA 2018”, que revelam a pretensão do ex-presidente em anunciar a sua futura candidatura.

“Ademais o fato de o candidato aparecer realizando atividades físicas aliado à aferição da sua pressão em ‘doze por sete’, sugere que o pretenso candidato se encontra fisicamente apto a retornar ao cargo que outrora ocupou”, argumenta. Nicolao Dino salienta que a mídia já soma 20.123 visualizações, o que revela o amplo alcance social e a possibilidade de captação antecipada de votos, situação que acarreta desequilíbrio da campanha eleitoral.

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