Falta de água leva cidade do interior paulista a fechar escolas

Na capital paulista, muitos moradores reclamam de falta de água em diversos bairros, mas a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo não admite que esteja ocorrendo racionamento. Hoje (21), o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a cidade, caiu para 3,3%. Há um ano, o percentual era 38,2%. A Agência Nacional de Águas já autorizou o uso da segunda cota da reserva técnica (volume morto) do Sistema Cantareira. A segunda cota acrescentará mais 106 bilhões de litros ao sistema. Segundo o secretário de Obras de Cristais Paulista, Moacir Almeida de Oliveira, a previsão é que as atividades escolares sejam retomadas apenas na próxima semana. Moacir explica que a captação de água da cidade era feita em nascentes, que estão completamente secas. Emergencialmente, a cidade passou a buscar água com caminhões-pipa no Córrego do Carmo, localizado a 5 quilômetros da cidade.

Cristais Paulista emprestou cinco caminhões-pipa de municípios vizinhos, que transportam a água até duas represas, onde passa por tratamento antes de chegar à população. Com o racionamento oficial na cidade, moradores têm água nas torneiras em apenas três períodos do dia: entre as 6h e as 8h; das 12h às 13h30; e entre as 18h e as 20h30. A prefeitura já anunciou estado de emergência e a decretação de estado de calamidade pública está em análise. Em outra cidade do interior paulista, Itu, a 100 quilômetros da capital, a situação também é crítica. Moradores sofrem com o desabastecimento desde fevereiro e alguns relatam ter ficado sem água nas torneiras por 15 dias. Ontem (21), a população, revoltada, fechou ruas e queimou pneus em protesto contra a falta de água.

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