Agricultores de Barra de Santana responsabilizam gestores de Jucurutu pela liberação de água em ensecadeira

Tubulação que joga a água da ensecadeira no Rio - Foto: Marcos Dantas

Tubulação que joga a água da ensecadeira no Rio – Foto: Marcos Dantas

O novo conflito causado pela crise hídrica está acontecendo na Zona Rural de Jucurutu, principalmente na Barra de Santana. Desde que começou a construção da Barragem de Oiticica, o consórcio responsável improvisou uma espécie de ensecadeira, que já acumula alguns milhões de metros cúbicos d’água, suficiente para garantir água aos mais de 4 mil agricultores que dependem dela até o próximo inverno.

Mas tudo isso está ameaçado depois que gestores de Jucurutu exigiram que o Consórcio EIT jogasse a água rio Piranhas abaixo, para alimentar um poço que a CAERN usa para captar água e abastecer a zona urbana. A preocupação dos moradores é que dificilmente a água chegará ao referido poço, já que em mais de uma semana a água sequer correu 5 dos 15 quilômetros necessários para alcançar o objetivo da Caern, e ainda correndo o risco de deixar os agricultores sem agua.

Bomba do Consórcio funcionando 24 horas - Foto: Marcos Dantas

Bomba do Consórcio funcionando 24 horas – Foto: Marcos Dantas

Jucurutu tem uma adutora que foram gastos mais de 2 milhões de reais. E aí? Nós não temos culpa se ela não funciona. Queremos é que essa liberação de água pare imediatamente, porque daqui a alguns dias a água nem vai chegar no poço da Caern, e vai faltar para mais de 4 mil agricultores daqui dessa região”, disse Janúncio Bezerra em nome da comunidade, ao Blog do Marcos Dantas.

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